06 junho 2013

A visita da Thássia - minha versão

Bem minha gente, vocês já estão cansadas de ver posts sobre a vinda da Thássia Naves pro evento da Schutz + Rock di Saia. O evento foi sucesso, bombado, Thássia arrasou na simpatia e isso todo mundo já sabe, agora vou contar meu olhar sobre o evento. Senta, que lá vem história, rsrsrsrs


Foto: Reprodução

Recebi uma nota pra falar da vinda da Thássia pra Salvador, começou aí o furdunço do povo. A nota apresentava uma celebridade tão bombástica que eu pensei que era a Beyoncé. Tudo bem, eu sei que a Thássia é tipo a Beyoncé da blogsfera, desculpa aê, mas é que achei a nota um exagero, bem como o comportamento das pessoas.
Não sou devota da Thássia, mas não tenho nada contra, acho ela muito charmosa e estilosa, vende muito e aproveita muito bem o furdunço que as pessoas fazem ao redor dela, tá é certa mesmo. Fiquei impressionada com o tamanho do amor que as meninas têm por ela, gente, é muito amor, são fãs devotadíssimas, eu não tinha noção que era assim.
Vamos lá, tirando as pessoas que foram pra se divertir e comprar, o evento podia ser dividido em bondes:
O bonde das "Thássia wanna be", todas querendo ser a Thássia, todas de farda, todas iguais, cabelo, cor de esmalte, maquiagem e até as poses, tudo à la Thássia. 
Tem também o bonde das peruas, que não têm onde usar suas roupas grifadas e acham que um evento no shopping é um acontecimento ultra-mega-maxi-blaster importante #patético. 
O bonde das recalcadas, que ficavam se perguntando o porquê do sucesso da Thássia, já que ela nem é bonita e sem a super produção, deve ser feinha.
Cada mergulho era um flash, cada pedacinho de conversa era uma graça, todas falando da Thássia, umas bem, outras mal. Sinto como se Salvador fosse uma província beeeeem longínqua, onde as pessoas não têm identidade, onde inspiração não serve pra se inspirar e sim para imitar, onde não podemos reconhecer as pessoas verdadeiramente, pois elas são apenas reprodução de um modelo.
A Thássia alcançou sucesso fazendo o trabalho dela com identidade, isso é mérito dela. Por aqui, enquanto as todas quiserem ser uma Thássia, estarão perdendo tempo, pois nunca serão. É tão bom ser a gente mesmo, trabalhar sem questionar o sucesso alheio, ter identidade, ficar feliz pelo sucesso alheio, esse é o caminho do próprio sucesso.
As pessoas seriam mais felizes se ao invés de procurarem ser parecidos com um outro alguém, fossem à procura de quem realmente são. Acho que seria tão mais legal se deixássemos de ser provincianos e partíssemos para a liberdade de uma vida que valoriza a beleza, particularidades e pluralidades de cada um.
A Thássia cumpriu bem o papel de celebridade, ficando duas horas num salto altíssimo sem fazer cara feia e atendendo seus súditos com muita simpatia, é, realmente tenho que tirar o chapéu.
E foi assim que a história terminou.

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